domingo, 2 de agosto de 2009

Renovo

De hoje em diante, futuro incerto, chamem delirante, Sou Virginia e sou Maria. Sem alcunha ou sobrenome, sem pai nem mãe, sem marido. Vou tocar de ouvido. Sem batismo, sem padrinhos ou madrinhas encontro os caminhos. São imbricados, são sozinhos. Sou eu que os abro. Até a proteção sou eu que peço. Cativo os amigos. Mesmo sem querer também faço os inimigos. Sou Virginia Maria, como eu queria, desde guria, sem aceitar rima com tia ou pia. Virginia Maria, simplesmente. Fazendo coisas, vivendo gentes, a cada dia, diferentes. Sem dever passado ou antepassado, transpirando presente, inspirando futuro. Ser muitas Virginias e Marias. Sendo uma ou duas, ou múltiplas mulheres e gurias. Apenas um nome próprio. Só.

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