quarta-feira, 29 de junho de 2011

Salvamos

Que coisa maluca esta estrutura cognitiva que o meio nos impõe, principalmente a tecnologia. Nossa linguagem e estado de espírito vai se configurando em uma coisa só. Nosso modo de ver as coisas, de memorizá-las vão se tornando nosso próprio pensar e fazer, nosso sentir. Vamos salvando coisas em arquivos ora importante, ora relapsos. Nossos lapsos de memória se misturam em esquemas de arquivos e os mapas se entrelaçam e enfumaçam nossa visão das coisas. Temos medo de perder arquivos. Alguns de nós usam pen-drives como adorno, colar. Sim, porque a qualquer momento eles podem precisar acessar algum arquivo, alguma lembrança. O pen deve ser gigante, potente com alta capacidade de compatibilidade. Enfim, esta conversa iria longe demais e eu teria que esquematizar uma ordem hierárquica para não me perder. A tecnologia tem feito isto com a gente. Estamos sendo transformados em robos inteligentes. Quem precisa de inteligência artificial se nós humanos já nos transformamos em artificiais inteligentes ?

Esta reflexão continua.....

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Onde andas?

Onde andará o moreno que estava aqui?
Passou assim de fininho por minha solidão,
Fez alvoroço de empatia, olhava pra mim e sorria.
Deu-me a impressão de ter sido boa,
E pareço que ando à toa pelos caminhos,
Tentando vê-lo vindo até mim sozinho.
Onde andará o moreno que estava aqui?
Parecia tão alto e forte, tão certo das coisas e de si,
Olhava pra mim com firmeza, tocava meu braço com força,
Cheguei a sentir sua decisão de me prender ali mesmo à sua história.
Não me acho boba por querer saber,
Vejo que ainda estou viva, imaginativa, altiva
E bendita a espera de alguém novo que está por aí....
Vou ficar feliz em saber onde andas
E se a vida encontrará nossos caminhos.