terça-feira, 26 de outubro de 2010

Monólogo e música

Recebi um e-mail de um amigo numa conversa que ia do sério às letras de música. Me deu vontade de sair cantando cada vez que os versos se apropriarem. É uma vontade de cantar que não quer parar....
Quero dizer a vida em versos. Em todos os momentos dos felizes aos inversos. Dizer cantando e contagiando os outros e me fazendo amar... amar e levando todos para o céu.
Todos, até aqueles que não sabem. E cantar....com aqueles que sabem. Onde estão os que sabem e não sabem que sabem?
Quero deslizar nos ambientes de ruidos nervosos. Brincar de avental e colher de pau. Escorregar para os salões em rodopios de gente louca. Desvairada, deixar pra lá os silêncios das cavernas acadêmicas e fazer de seus loucos os trôpegos contagiados pela música a sairem dançando e cantando pelo campus...
Enquanto estiverem presos em seus box, em suas retilíneas convicções declarantes, quero rir alto com o rosto ao sol e fingir também levar tudo a sério....

domingo, 10 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

Primavera enfim...

Tenho andado a cata do humano por tanto tempo que quase perdia a esperança. Tenho sentido a vontade de voltar com o blog Tempos de Solidão, no escancarado de meu dia a dia, entre todas as outras coisas que faço. Lá junto estão os blogs de trabalho. Mas eles são parentes do prazer de fazer as coisas e me envolver de verdade com tudo que diz respeito aos grupos de que faço parte. Cada vez mais tenho a consciência desta parte que sou, tenho, sinto. Sou apenas um ínfimo detalhe no todo, um quase nada. Um delicioso e reconfortante quase nada. Todo o tempo catando o humano e ele estava tão perto de mim. Resgatei minha humanidade, meu prazer de ser assim admirada com a ternura, com as raízes das coisas, com os brotos se erguendo à vida, com os solos de flauta quando ninguém espera, com os solistas sentimentais e apaixonados. São coisas dentro de mim, está tão perto. É a percepção da vida andando e suas sutilezas. Está dentro de mim, está em meu olhar, em minha atenção nos detalhes. Os detalhes que fazem o todo que vive nos invadindo, mas que nossos olhares seletos tão precisados de serem espertos, deixam passar tanta coisa, tanta vida sutil. A primavera dos sentidos nos mostra que podemos ver o melhor da vida, o melhor de nós. E aí o encantamento se completa. Voltamos a ser encantados pela vida e novas saídas dos invernos se aproximam como perfumes de tortas de maçãs nas janelas da vovó Donalda. Bailamos pela floresta e renascemos no tempo da inocência. Renascemos.