domingo, 2 de agosto de 2009

Ao opressor

Sonhei com canibais dançando fogo e morte. Acordei por sorte. No sonho eras tu, capitulando-me em tiras. Desvairado, sobre meu corpo cansado despachavas minha cabeça, minhas memórias, meu futuro. Pressenti. Era um sinal. Providenciei luta. Luta é coisa que sei, não marca começo nem fim. Podes até consumir meu tempo, meu espaço, meu corpo. Mas meu espírito permanece, pois me sei também teu tormento. Estou na contradança vigilante criando teu desassossego, teus receios, tuas culpas, teus medos. Sou também das gentes dos teus pesadelos, porque careces de mais cuidado sobre mim. Sou insurgente, resistente, adversária. Sou revolucionária.

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