quinta-feira, 18 de março de 2010

Cronogramas

Não é difícil se atrapalhar com o cotidiano que inventamos. Vamos assumindo compromissos impostos por outros e por nós e quando menos esperamos estamos empilhados de trabalho. Esta semana entrei em parafuso. Mil coisas acontecendo e eu tentando organizá-las e não dava conta. O tempo a minha volta é de uma velocidade que não me agrada. Quero parar o tempo pra pensar o mínimo e não estou conseguindo. Parece que o que nos resta é fazer de conta que estamos em atividade. Pelos menos esta atividade endoidecida que nos atropela diariamente. Ficamos inventando tarefas uns para os outros sem a consciência do que isto significa. Estamos fadados ao caos semi-organizado. Tarefas infindas em descontinuidade. Parece que as coisas perdem o sentido quando não organizamos o caos que inventamos. Precisamos fazer alguns recortes e nos resignar a fazer menos, deixar barato a caristia do tempo. Improvisarmos uma atividade ao nosso alcance. Olhar de relance para o desnorteio e não se deixar contaminar. Eu agora vou me desgastar em fazer os cronogramas e me deixar levar pelo ditado destes. Nada além disto, nada aquém. Vou me dedicar a saber os cronogramas de cor e poder dormir duas vezes ao dia. Noite e dia ser guiada pelos cronogramas. Estes finamente elaborados para dar o quanto posso de mim. E posso pouco nestes dias de solidão. Posso muito pouco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário