sábado, 6 de março de 2010

Abotoaduras

Abotoaduras! Olha que coisa louca. Sempre gostei desta palavra. De repente me vem à cabeça este nome: abotoaduras. Não sei do que se trata. Influência da televisão? Vidas passadas? Alguma metáfora em minha vida para resolver? Não consigo entender. Mas me vem à lembrança camisas brancas muito bem passadas e alguém alinhado procurando as abotoaduras. Não às encontra em lugar algum e começa a ficar nervoso. Teria esquecido no banheiro, no carro, no quarto da amante, na cena do crime? Nossa, bota desnorteio nisto. De repente além de abotoaduras eu tenho uma camisa branca, um homem preocupado, um banheiro, um carro, um quarto de amante, uma cena do crime. Eu só queria pensar nas abotoaduras.
Ah! Acho que sei porque lembrei de abotoaduras. É por que elas exigem que utilizemos uma das mãos para fechá-las, já que a outra mão pertence ao pulso que está sendo abotoado. Isto tem a ver com a pulseira que comprei e que não tem lá uma feche confiável. Além de ser difícil de fechá-la preciso estar atenta à possibilidade dela se abrir assim do nada.
Pedi que o vendedor providenciasse um pega-ladrão para poder usá-la e não perdê-la.
É por isso então que lembrei de abotoaduras. Olha só, como funciona a nossa mente. Em momentos como este é que vejo que ,mesmo em tempos de solidão, tenho como companheira esta mente que faz de um tudo para ter a criação como companheira. É como lembrar dos tempos de brincadeiras de roda.

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