segunda-feira, 1 de março de 2010

Abraço

Depois de meses um almoço. Abraço estremecido. Mãos trêmulas. Rosto suado. Fala nervosa. Palavras atrapalhadas, empilhadas, ditas como saída do Olímpico em dia de grenal. Ímpeto de coisas as claras. Na mesa prato cheio comido depressa. E a bebida que não vem. Copo com dedos do garçon. Ninguém é perfeito. Mas o abraço foi em modo de A, rápido, pra se ver livre. Muita gente conhecida olhando. O medo na volta, como de gente procurada. Temos que parar de nos encontrar assim. Hi, hi, hi.

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