domingo, 2 de maio de 2010

Cortei as unhas

Depois de aguar o jardim, não tem chovido, liguei o computador pra ver as mensagens, e continuar a leitura já iniciada há alguns dias. Notei que as unhas me atrapalhavam com as teclas. E não era de hoje que elas ficavam quebrando e pegando nas coisas. Resolvi cortá-las rente. Ufa! Que alívio ter unhas curtas. Ficamos sem garras. É como se assumíssemos desistir das lutas, ficamos indefesas bem dizer. Se precisar delas como ferramentas ou para me defender de corpos estranhos não bem-vindos terei que lançar mão de outra coisa. Mas também é um alívio porque podemos dizer que ficamos impossibilitadas de lutar, portanto, que não venham nos obrigar a tomar as mesmas atitudes de tempos mais combativos, em que enfrentávamos qualquer situação com a força de uma Shena, Mulher Maravilha, Biônica, Lara Croft, essas mulheres. Ai, cansei de fingir persistência e resistência. Jogo a toalha, saio de cena, penduro a pena, me atiro no sofá, quero dormir até que alguém me esqueça. Desisto de qualquer luta, cortei as unhas, estou desarmada, não quero nem conversa fiada. Vou meditar, lixar as unhas todos os dias, mantê-las curtas, fora da escuta, farol baixo, respirando pouco pra não me exaltar e não sair mais deste sono da desistência de putas lutas que não levam a nenhum lugar .

Nenhum comentário:

Postar um comentário