sábado, 22 de maio de 2010

Lista de tarefas

O sábado amanheceu entre o sol e o cinzento, mas dava pra ver que o clima chamava a fazer coisas. Eu tinha uma lista de tarefas se amontoando em minha culpa. Precisava limpar a casa, ir ao super, agendar pagamentos eletrônicos inadiáveis, limpar a piscina, que transborda por causa das chuvas, retocar as luzes, porque as raízes brancas já aparecem, lavar roupa, ver as mensagens que não vi ontem. Ufa! Muita coisa para um dia só. Não daria conta. O negócio era apelar para minhas estratégias anti estresse. Fazer somente o inadiável. Foi então que resolvi pôr roupa na máquina e deixar lavando, ir direto ao super e comprar somente o necessário para não me demorar, agendei o pagamento do título, voltei pra casa, guardei as compras; fácil. Fiz meu chimarrão, botei a roupa na corda e decidi que só varreria a casa e poria os tapetes no sol e vim ver as mensagens. Fácil decidir não limpar. É só decidir e pensar que varrer já é uma grande coisa, afinal a casa é minha e limpo quando me der na telha. Botei mais roupa na máquina, que já pendurei antes do almoço. Já havia comida pronta que sobrou de ontem, só cortei bem fininho um molhe de couve e tudo ficou bem gostoso e quentinho. Comi pouco e vim acessar o blog. De minha mesa avisto a piscina. Ainda está lá cheia demais fazendo ondas querendo transbordar. O sol já esfriou e começa a ventar. Fico imobilizada e nem aí pra isto. Sei que vou limpá-la, mas quando der. Hoje é que não será, porque esta reflexão toda está me dando um sono e o sofá, fazendo seu papel mobiliário, está me chamando. Só falta pegar a colcha e um travesseiro [esta é uma das tarefas de que mais gosto ultimamente] e deixar que a cachorra me siga e suba depois que eu me ajeitar confortavelmente. O cabelo pode esperar. Deixe que as raízes apareçam. Este é meu estado natural, meus cabelos reais são brancos afinal. Esta tarde promete. De alguma forma sinto como se minha lista de tarefas tivesse sido cumprida. Não sei porque sou assim, mas sou, gosto de tomar consciência das listas de coisas por fazer e adiar ao máximo possível o que precisa ser feito. Guio-me pelas urgências. E minha urgência maior é deixar o tempo passar assim, impunemente. Isto me faz bem. Ah! Ainda não varri a casa. Quem sabe amanhã.

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