quinta-feira, 27 de maio de 2010

Resgate de mim

A solidão é bela quando em mim o silêncio cala. Minha imagem refletida no que fazia de mim a afirmação da alegria interrompida retorna-me à razão; a razão esquecida pela crença na confirmação do desprezo e da vida finda ditada pelo outro. Ah, quanta insensatez desprevinir-me assim à fraqueza dos impuros. Já é tempo de balançar as contas brilhantes do tabuleiro. Novos arranjos refletirão o brilho guardado em mim, esquecido por mim. O brilho detrás da cortina que aceitei ser fechada, por inexperiência, por achar que já sabia tudo da vida, por pensar que amava, por querer aprender a ceder. Vejo que era mais sábia quando ditava as regras de minha solidão. Eu dizia, quem quiser aportar em meu cais precisa saber amar. Não é pecado ser só. A solidão nos garante a individualidade. Saber amar e ser só talvez seja a grande experiência. Amar talvez seja isto afinal. Resgatei em mim a re-visão do futuro.

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