quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Medo de perder a ternura

Às vezes me pego pensando em mágoas recentes. Ainda bem que já aprendi a lidar com as mais antigas. Mas as recentes me invadem com tanta força que tenho medo de perder a ternura. Desde menina eu sempre lutei para não perder a ternura que plantei quando ainda nem sabia o que vim fazer aqui. Hoje que começo a compreender a minha missão: viver os limites de meu potencial mais humano, sei que a maior provação é não perder aquela ternura apesar de todas as decepções. A cada dia exercito minha capacidade de amar o mundo e minha meta é de amá-lo tanto ao ponto de esquecer de mim e das agruras que me abatem quando estou desatenta. A descoberta de que a ternura é minha motivação vital recria-me a cada segundo quando inspiro e expiro a crença em dias melhores. Tudo o que mais quero é recuperar minha crença no ser humano e voltar a acreditar no amor mútuo. Preciso me agarrar a isto para não perder a ternura. Ah, como tenho medo de perder a ternura. E é esta consciência do medo que me resgata de qualquer tristeza, de qualquer desesperança. Ah minha ternura, mantenha-se firme e renove-se para ficar mais forte e impenetrável.

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