segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Duendes e sapos no jardim

Nem quero saber se é brega ou superstição, mas quero muitos sapos e duendes no jardim. Já tenho um sapo de pernas compridas entre as pernas de uma árvore. O tronco dela se abre em dois e no meio visualizei o lugar para sentar o sapo sentado que comprei num daqueles dias que se vai à floricultura em busca de alguma coisa que não se acha e nos deparamos com um sapo perdido querendo ser levado. E ainda paguei caro pelo novo amiguinho. Tentei conseguir um desconto porque ele estava com um arranhão, mas ele parecia entender do que falávamos e temi que se magoasse. Fui logo dizendo está bem, vou levá-lo. Mas o seu antigo dono pareceu sentir o mesmo que eu e na hora de acertarmos a conta deu o tal desconto. Saimos de lá, o sapo e eu, prontos para formar uma boa parceria de superstição ou quem sabe de uma fantasia que nos sustente a alegria e a ternura que preciso para viver. Ainda não encontrei os duendes que procurava, quando encontrei o sapo, mas continuo à procura de um bom duende que queira habitar meu jardim. Por certo que há um lugar especial aguardando por ele. Mas também não quero qualquer duende. Não me venham com anões da branca de neve. Quero um duende legítimo com aqueles gorros pontudos e de olhar penetrante. Se não for assim não combinam com minhas fantasias. Até que encontre um bom duende vou cuidando do sapo em meu jardim.

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