quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Perdão pra ser feliz

Hoje acordei de um sonho místico. Sonhei que estava banhada de perdão. Meu coração pressentiu que meu lado direito do cérebro havia funcionado mais. Talvez porque meu lado esquerdo tenha sofrido danos graves depois de minhas últimas peripécias cirúrgicas. Conta-se que o lado direito não é muito utilizado e talvez ali esteja o que o ser humano precisa desenvolver mais: capacidades de transcender a sentimentos e razões já conhecidas. Eu estava banhada de uma paz indescritível. Foi muito interessante porque assisti a uma entrevista ontem sobre uma mulher neurocientista que sofreu danos temporários no lado esquerdo do cérebro, precisou reaprender a falar e a se movimentar, porque ficou paralizada, e experimentou sentimentos de paz nirvânica. Acho que fui dormir acreditando que preciso reencontrar esta minha capacidade de estar em paz e repleta de tolerância, porque só assim posso ser feliz. Quero me embriagar de perdão até que as lembranças me esqueçam.
As coisas em minha vida têm se acomodado de um jeito tão legal nos últimos dias, apesar das tormentas de um passado recente e de problemas domésticos em processo de resolução, que sei agora que o que me resta é me preencher de perdão e tolerância com as outras pessoas. Isto não significa que possa aceitá-las novamente em minha vida, mas que elas possam desabitar meus pensamentos, meus sentimentos, meus sonhos, meu dia-a-dia, meu futuro. O sentimento de perdão talvez seja mais sublime do que o amor. Eu quero me banhar de perdão e esvaziar minha banheira de lágrimas.

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