quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O banho das cachorras

Este dia está um bafo. Nem o vento ajuda. As árvores se escabelam mas logo ficam cansadas e emudecem. Quilha e Bebel, minhas cachorras, se arrastavam andando atrás de mim enquanto eu aguava o jardim. Pobrezinhas, pensei. Precisam de um banho, e é de mangueira. Eba, vamos lá gurias, se aprontem que a mamãe vai dar aquele banho nas duas. Uma de cada vez, primeiro a Quilha. Vem cá sua danada, fica bem quietinha que vou te dar um banho daqueles, vou molhar bem e tirar todo este melado do couro. Vai ficam bonita e limpinha. Vamos lá, sem fiasco, fica quieta que vais poder dormir num sofá hoje à tarde enquanto eu estiver dormindo no outro.
Ela tentava escapar, mas não resistia ao chamego que envolve tomar um banho. Não é só a água e shampu que fazem um bom banho. Tem todo aquele chamego, aquele convencimento, as carícias e as palavras macias para garantir o processo até o final. Nestas horas é bom ser cachorra, se é que alguém me entende.
Concluída a primeira, parti pra segunda cachorra. Pra quê? Quem diz que a primeira deixava. Tive que fazer um banho meia boca pra garantir a lavada completa, porque nenhuma das duas parava quieta. Eu havia esquecido que precisava tirar uma cachorra de cena pra poder iniciar com a segunda. Parece até vida real gente.
Enfim, conclui os banhos e as duas correram pelo jardim bem afrescalhadas e cúmplices do fuzuê. Eu fiquei fedendo a cachorra molhada e sem ninguém pra me dar banho. É a vida. Quem me dera ser cachorra.

Hoje a tarde vou dar o banho no Dino, o único cachorro da casa.

Um comentário:

  1. Uhul que diversão! Fiquei imaginando a cena. E a Quilha naquele tamanho esparramando água para todos os lados. Eu aqui em SM tomei um belo banho de chuva, algo que não fazia há muito tempo! Que delícia as gotas que cairam, depois de muitos dias de calor e seca a chuvinha foi uma benção. Bons banhos para todos os SERES! Carmen

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