terça-feira, 9 de novembro de 2010

Paul McCartney

Os deuses da música existem. Tenho provas. Eu estava lá, no dia 7 de novembro de 2010. No meio do gramado do Beira Rio, entre 60 mil fiéis da boa música percebi minha pequenez e a beleza de desaparecer na grandeza de um astro. É um rei aquele homem. Pessoas assim vêm ao mundo para nos redimir. A qualidade, o carisma, a simplicidade são indescritíveis. Vivi um dos momentos mais lindos de minha vida. Foi o maior e o melhor show que já assisti. E eu participei daquela alegria como criança pulando e dançando, gritando, aplaudindo, sozinha e junto com toda aquela gente com os seus olhos, ouvidos, coração, corpo e mente todos voltados para aquele homem. As músicas e as lembranças de uma vida se misturavam à brisa suave que soprava naquela noite de tanta energia, a céu aberto. Eu lá, no meio do gramado, já cansada fisicamente mas meu espírito estava alerta, querendo mais, sempre mais. Ele voltou duas vezes e deu um show de surpresas, performance e carinho. As canções tão lindas e a força daquele homem me animou para tudo, para novas experiências de multidão, para compartilhar alegrias com gente anônima, para me aventurar pelo mundo. Eu lá no meio de 50 mil pessoas perdi meus medos, meus pânicos. Ganhei promessas de mim. Fui benzida por um deus da música. Minha vida, minha música, minha fé na beleza, na sintonia humana foram resgatadas. Não sei mais o que faço com todo este sentimento, se canto ou se rezo para Paul McCartney. Benção Paul.

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